Da Redação Agência Pará de Notícias Atualizado em 20/01/2012 às 14:58 A Polícia Militar do Estado do Pará trabalha normalmente depois de ter suspendido na noite desta quinta-feira, 19, em assembleia, a ameaça de paralisação. A categoria negociou com o governo melhorias salariais e alcançou ainda a criação de um decreto, que oficializa uma permanente mesa de negociações entre o Estado e os militares. Nesta sexta-feira, 20, 100% das tropas da PM estão trabalhando na capital e no interior. Em Belém, pela manhã, a rotina dos batalhões seguiu em ritmo normal, com o policiamento ostensivo feito pelas viaturas nas ruas da cidade. O comandante da PM, coronel Daniel Mendes, afirmou que desde as primeiras horas da manhã acompanhou o funcionamento dos batalhões e a rotina das tropas. “Entramos em contato desde cedo com todos os batalhões do Estado, tanto na capital como no interior, e verificamos que estamos operando com todo o nosso efetivo, com o sistema de comunicação interna funcionando perfeitamente. A população pode ficar tranqüila porque a PM está nas ruas”, assegurou. Logo cedo, no 24º Batalhão, responsável pelo policiamento no Bengui, as oito viaturas da unidade estavam nas ruas do bairro. Segundo informações dos policiais que trabalhavam, 22 PMs realizavam o policiamento durante aquele turno. No Barreiro, várias viaturas também estavam pelas ruas. Na base móvel da PM, na Avenida Pedro Álvares Cabral, próximo à feira do bairro, a equipe trabalhava confiante pelo avanço conquistado na negociação com o governo. “Ontem estávamos paralisados parcialmente, mas hoje nos estamos trabalhando normalmente. Vim com a certeza de que estas foram apenas as primeiras conquistas que alcançamos, e que vamos conseguir muitas outras através do diálogo com o Estado, que já se mostrou empenhado em valorizar a categoria”, afirmou o cabo Mário Afonso, que fazia a segurança na base móvel do Barreiro esta manhã. A população acompanhou todo o processo de negociação entre o governo e a categoria, e aprovou o diálogo. “Ontem, apesar das notícias, eu não percebi a paralisação. Pelo contrário, houve um assalto perto da minha casa, mas a polícia chegou bem rápido. Fiquei bem tranqüila em saber que foi apenas uma ameaça, e que o Governo agiu com rapidez”, disse a professora Adriane Vieira, moradora do bairro da Sacramenta. O comerciante Neuton Magalhães, morador do Telégrafo, fazia compras hoje pela manhã na feira do Barreiro e disse não viu problemas com a segurança nesta sexta-feira. “Se uma greve acontecesse seria muito prejudicial para a população, mas felizmente, isso não ocorreu. O policiamento está aí nas ruas e nós estamos vendo isso. O Estado fez o papel dele em negociar e chegar em um entendimento com a categoria”, ressaltou. Nos bairros do Guamá e Terra Firme o policiamento, assim como nas outras áreas da capital, se manteve normal. A estudante do curso de Letras da Universidade Federal do Pará, Soraya Coutinho, acredita que o diálogo foi a medida mais acertada para que se mantivesse a segurança no Estado. “O Governo sabe o quanto a segurança é essencial e se mostrou sensível à luta dos policiais. Isso deve ocorrer sempre, para melhorar ainda mais o policiamento”, sugeriu. Na Terra Firme, a artesã Darlene Moreira esperava o ônibus na parada que fica ao lado da unidade comunitária da PM. Para ela, a greve seria muito ruim para a população. “Todos têm direito de ‘grevar’, mas tudo tem um limite. Os policiais não podem prejudicar a população. Por isso eu acho que eles tomaram a decisão mais acertada. Vão ter o direito deles assegurado sem que o nosso direito, de ter segurança pública, seja ignorado. Foi uma atitude inteligente”, pontuou Darlene. Conquistas dos Policiais e Bombeiros Militares do Pará Após mais de 10 horas de negociação direta e transparente com o funcionalismo público, o Governo do Estado evitou, nesta quinta-feira, 19, a paralisação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado. A categoria aceitou as propostas apresentadas pelo governo, que concedeu reajustes que variam de 18% a 26% aos salários dos policiais militares, a partir de fevereiro. O governo concedeu ainda intersídio de 5% para os praças, ganho de 70% sobre a gratificação de risco de vida e ganho real de 7%. Também ficou definida a permanência da mesa de negociação com a categoria, a fim de discutir outras reivindicações dos militares do Estado, como o prazo de implantação da jornada de trabalho para 40 horas semanais; o adicional de interiorização e o auxílio fardamento para cabos e soldados, além de mais 30% na gratificação por risco de vida. Todas essas reivindicações serão discutidas na mesa de negociação, considerando sempre as condições financeiras do Estado. Com a aceitação das propostas, dois projetos de lei devem ser encaminhados ainda em fevereiro para a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Uma pretende estabelecer o valor do adicional de interiorização de acordo com a região do Estado na qual está locado o militar. O outro projeto será para viabilizar a recompensa salarial dos oficiais militares, visto que a Lei atual permite aumento compulsório a partir de janeiro apenas para os praças. Aumento Veja como ficarão os aumentos para os militares, por patente, de acordo com o que foi acordado: Soldado: de R$ 1.905,50 para R$ 2.253,20 Cabo: de R$ 2.021,52 para R$ 2.434,61 Terceiro Sargento: de R$ 2.168,94 para R$ 2.635,13 Segundo Sargento: de R$ 2.439,16 para R$ 2.952,14 Primeiro Sargento: de R$ 2.569,12 para R$ 3.107,75 Subtenente: de R$ 2.726,82 para R$ 3.344,39 Texto: Thiago Melo - Secom Fone: (91) 3202-0912 / (91) 8411-1391 Email: thiagomelo@agenciapara.com.br Secretaria de Estado de Comunicação Rodovia Augusto Montenegro, km 09 - Coqueiro - Belém - PA CEP.: 66823-010 Fone: (91) 3202-0901 Site: www.agenciapara.com.br Email: gabinete@secom.pa.gov.br Compartilhar