Dados se referem ao ano de 2024, aponta o Anuário de Segurança Pública
O Pará segue tendo destaque na redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que inclui homicídio, feminicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Segundo os dados da 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), na última quinta-feira (24), o Pará foi o 1° estado da região Norte e o 4° do país que mais reduziu os casos de CVLI no ano de 2024, ficando atrás apenas da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em números absolutos, no ano completo de 2023 foram computados 2.110 CVLi, já em 2024 o número reduziu para 1.884, garantindo a preservação de 226 vidas no Pará. Em relação à taxa de CVLI por 100 mil habitantes, o estado saiu de 24,5 em 2023, para 21,6 em 2024.
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, destaca que desde o início da gestão estadual, em 2019, o governo do Pará tem como prioridade os investimentos em segurança e o fortalecimento de ações que contribuam, cada vez mais, para a redução de todos os tipos de crime no território paraense.
“Mais uma vez o Anuário de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, analisa dados de todos os Estados da federação e atesta a contínua redução de indicadores no Pará. A exemplo dos crimes violentos letais em que o Estado alcançou redução histórica em 2024, o Pará atesta como o quarto estado que mais teve redução do CVLI", disse o titular da Segup.
Ele acrescentou: "Outro ponto importante de destaque é que o Pará segue fora do ranking das 10 cidades mais violentas do Brasil, como já tivemos antes. Nós sabemos que precisamos melhorar e avançar a cada dia, mas os resultados obtidos demonstram um trabalho integrado, árduo e diuturno das forças de segurança com a presença ostensiva da polícia nas ruas, além da atuação precisa nas investigações qualificadas, que vêm nos ajudando a alcançar e identificar padrões de organizações criminosas e desarticular esses grupos. Esse trabalho integrado com as forças de segurança, reunindo nossos três pilares estratégicos - investimento, inteligência e integração - tem surtido efeito e colocando o Pará entre os estados que mais reduziram a criminalidade no Brasil de forma sistemática”, afirmou Ualame Machado.
Redução das Morte Violentas Intencionais
Segundo os dados divulgados, indicadores de Mortes Violentas Intencionais (MVI) entre os anos de 2023 e 2024, indicam o Pará com redução 7,3%, acima da média nacional, ao registrar 2.745 e 2.560 casos, respectivamente. Se comparado ao ano de 2018 que registrou 4.720 MVI, a redução chega a 46%. Em relação à taxa de MVI por 100 mil habitantes, o Pará saiu de 56,6 em 2018 para 31,9 em 2023 e 29,5 em 2024, de acordo com dados do Anuário.
Redução dos Crimes Violentos Letais contra Policiais Civis e Militares
O Anuário de Segurança Pública também atestou a redução de 32% nos Crimes Violentos Letais Intencionais contra Policiais Civis e Militares, quando foram registrados 22 casos em 2023 e 15 no ano de 2024. Os números mantêm o Pará os dois estados da região norte com redução de CVLI contra agentes de segurança.
Cidades paraenses estão fora do ranking das 10 cidades mais violentas do País
O anuário também montou um ranking das 10 cidades mais violentas no ano de 2024, nenhuma do Pará figura na lista. É importante ainda reiterar que outros estudos nacionais como a publicação do Atlas da Violência no ano de 2019, mostrou que no ano de 2017 dois anos antes da gestão atual, 10 municípios paraenses figuraram na lista de cidades mais violentas, como: Altamira, Marituba, Marabá, Ananindeua, Tucuruí, Belém, Parauapebas, Paragominas, Tailândia e Abaetetuba.
"Nós já estivemos com várias cidades no ranking das mais violentas do Brasil, inclusive figurando entre as 10 mais violentas, e graças a todo o investimento e fortalecimento de ações, conseguimos tirar Belém, Ananindeua, Altamira e outras que já figuram nessa lista. Atualmente, na lista com 20 municípios, ainda temos um município que figura nessa lista, mas já esteve em posições mais altas. Marituba, por exemplo, já apresentou a taxa de 100,1 mortes por 100 mil habitantes, reduziu para 58,8, saindo da 7ª para a 15ª posição no ranking, a um passo de sair dessa lista”, observou Ualame Machado.
Texto: Por Roberta Meireles (SEGUP)